terça-feira, 26 de abril de 2011

Discurso


Discurso que o companheiro João Filipe fez, em nome da bancada do PSD, na Sessão Solene Comemorativa do 37º Aniversário do 25 de Abril 1974, na reunião da Assembleia Municipal

Gostaríamos de felicitar a Mesa da Assembleia Municipal pela realização desta Sessão Extraordinária Comemorativa do 25 de Abril, cumprimentar a Sra. Presidente de Câmara, Senhores Vereadores, Sra. Vereadora, os Senhores Deputados e as Senhoras Deputadas e os munícipes presentes.

Estamos mais uma vez reunidos para celebrar o 25 de Abril de 1974, para celebrar a LIBERDADE, no entanto, vivemos tempos em que alguns têm dúvidas se existem motivos para celebrar, outros até já desejam que aqueles acontecimentos de ABRIL não tivessem nunca existido.

Pensamos que temos motivos para celebrar, pois até prova em contrário, a DEMOCRACIA é ainda o mais perfeito dos modelos políticos, no entanto temos que reconhecer que a nossa jovem democracia está doente e temos, ainda, que ter especial atenção em nunca dar nada como certo ou definitivo, nem mesmo a DEMOCRACIA.

A mudança para a democracia trouxe a LIBERDADE, no entanto, será que hoje somos totalmente LIVRES? O que pode significar a LIBERDADE num país sem perspectivas de crescimento? Com mais de meio milhão de desempregados, com taxas crescentes de criminalidade. Um país envelhecido, totalmente abandonado no seu interior e que vive cada vez mais concentrado nos pólos urbanos de Lisboa e Porto.

O que pode significar a LIBERDADE num país em que a geração mais qualificada de sempre tem apenas a emigração como perspectiva de futuro?
O nosso país enfrenta hoje graves problemas, criados por todos os políticos que tiveram responsabilidades governativas, no entanto, nunca caminhámos tão depressa para o abismo e para a pobreza como nos últimos seis anos do governo Sócrates devido à sua incompetência, incúria e inépcia.


Hoje temos uma situação de descrédito total em todas as instituições do Estado, ninguém acredita no poder judicial e político. Existe uma situação de cumplicidade entre organismos do Estado, grandes grupos económicos e justiça a todos os níveis insustentáveis.


Como é possível haver tantos casos selectivos de fugas de informação de processos em tribunal em que nunca se descobrem responsáveis. Como é possível em tantos anos de DEMOCRACIA, sejam raros ou mesmo raríssimos, as condenações de governantes que se “governaram” a eles próprios e tantos são os casos gritantes de corrupção, abuso de poder e jogos de interesses por este país fora.


Os índices de corrupção vão subindo a todos os níveis, no entanto, a culpa vai morrendo sempre solteira. Vão faltando modelos de integridade que possam servir de modelos para as gerações mais novas.

Com certeza não era esta a “liberdade” do Abril de 1974. Os grandes responsáveis da situação a que se chegou foram os governantes, como já anteriormente citado, e os chefes partidários, e é também por eles que se deve começar a mudança. Devem ser eles (talvez não os actuais) os modelos de integridade, honestidade e competência que nos vão servir de farol, no entanto para esta mudança ser possível os melhores têm que ser chamados a servir a causa pública.

Ao contrário do passado, onde para se ser político até com grandes responsabilidades governativas, não eram necessárias qualificações académicas nem provas profissionais dadas, devemos exigir para o nosso presente e futuro que os governantes sejam pessoas cuja capacidade e responsabilidade profissional sejam irrepreensíveis.

O cartão partidário deve, de uma vez por todas, ser um factor irrelevante nos currículos. Só um modelo económico que premeie o mérito e a excelência nos remeterá para o desenvolvimento económico de sucesso.

Utilizando uma frase já conhecida e que é usada numa outra situação, “está na altura da moeda boa expulsar a moeda má”, ou seja, está na altura dos competentes, honestos e bons profissionais que temos em Portugal olharem para a política com mais interesse e pensarem que o seu alheamento destas temáticas possa ter contribuído para chegarmos a esta situação.

Só o interesse e o escrutínio de todos poderá elevar o nível de governação deste país e trazer de volta a esperança e a verdadeira LIBERDADE e poderá trazer de volta o espírito de ABRIL.

Já dizia Nelson Mandela:
"Democracia com fome, sem educação e saúde para a maioria, é uma concha vazia."

Viva a Democracia
Viva a Liberdade
Viva Salvaterra de Magos
Viva Portugal

1 comentário:

  1. Boas, queria felicitar os deputados do PSD pela atenção que têm dado as colectividades do concelho, mas o apoio real tem sido muito pouco para além de umas parcas e breves palavras e mais pelo seu mérito, mas convém lembrar outros méritos e outras lutas que ainda faltam não só lembrar, mas também participar e ajudar a concretizar. Falo nomeadamente do tão desejado campo de futebol em Salvaterra, prometido e incluído no orçamento, mas que até a data nada de novo a não ser a colocação dos 200 e qualquer coisa mil € no orçamento, onde está a obra ou o seu começo, o seu planeamento??? não tenho visto que o PSD tenha dado grande importância a essa obra, e mais uma vez parece que tudo vai ficar na gaveta e calou-se a boca as muitas pessoas, e aí posso também dizer que o Clube já caiu em esquecimento para o PSD, tal como o Sr. Nuno Antão que se pensava que seria o Salvador da pátria quando se aproximou de novo do clube, que ele já foi Presidente, onde estão as vossas perguntas ao excutivo da câmara, a A.M. e aos autarcas??? não aparecem, mas eu gostava como munícipe ser esclarecido sobre este assunto, pois estamos a chegar ao fim de uma época desportiva, onde parece que o Clube Desportivo SALVATERRENSE vai voltar ao escalão principal do futebol Distrital, e para variar como este ano que passou, o próximo também vai ser o unico clube a jogar num campo pelado com clubes como Torres Novas, Benavente, Ferróviarios, Tomar, etc... com campos(alguns até estádios que acolhem a nossa seleção e clubes da 1ªliga quando necessário) de relva natural e todos os outros com campos sintéticos, mais uma vez somos a ovelha negra e mostramos aos outros como somos medíocres. Alerto também a outra questão que é a forma como vão realizar as obras se elas forem em frente, recebam os dirigentes e vão ouvir as suas ópiniões antes das obras para não se fazer maus investimentos e não construír da melhor maneira as infrastruturas como em Marinhais(com aquele dinheiro na minha ópinião dava para fazer muito mais e melhor, dando outras condições a jogadores e publico), peço a todos os Salvaterrenses que se unam em torno desta causa e se for preciso fazer uma concentração a porta da câmara ir lá sem receios de nada, nem de ninguém... um abraço e continuação de um bom trabalho em prol do nosso concelho, não escrevo mais para os outros visitantes poderem também dar uma ópinião e não escrever eu tudo... S.C.2011

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