Sónia Sanfona faz parte de um considerável grupo de pessoas que, tendo sido derrotadas em eleições autárquicas, receberam das mãos de Sócrates um prémio de consolação: perderam uma Câmara mas ganharam um Governo Civil. E não é uma socialista sozinha: a ela, derrotada na corrida à Câmara de Alpiarça e agora Governadora Civil do nosso distrito, Santarém, juntam-se outros socialistas derrotados nas autárquicas mas recompensados como governadores civis: José Mota em Aveiro, Isabel Santos no Porto, Miguel Ginestal em Viseu e Jorge Gomes em Bragança.
O que aconteceu em Lisboa também tem que se lhe diga: o PS conseguiu fazer eleger 19 deputados para a Assembleia da República. O 20º, que já não foi eleito, foi António Galamba. Sabe o que lhe aconteceu??? Não calcula??? Isso mesmo: Sócrates nomeou-o Governador Civil de Lisboa!
Mas Sanfona debate-se agora com um problema: disse há dias, ao «O Mirante», na sua edição de 28 de Janeiro, que mesmo que venha a ser concretizada a regionalização, os governos civis devem continuar a existir. No fim da entrevista diz «não tenho qualquer problema se o governo decidir fazer uma regionalização num quadro que considere que os governos civis são dispensáveis».
Mau…no que é que ficamos? Concorda com a manutenção do cargo ou com a sua extinção?
Sabe o que falta a Sanfona? Falta-lhe a solidez, a consistência, a verticalidade, o pensamento próprio, a força ideológica, falta-lhe aquilo que não tem quem vive de lugares políticos, prémios públicos distribuídos de forma caridosa. E o PS, nesse campeonato, é imbatível.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
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Claro que não se preocupa. Vamos lá a ver uma coisa. Acabou a cobrança dos contadores, cobram agora a taxa de potência que são os mesmos valores. Acabaram o selo do carro, veio o imposto sobre veiculos. Se acabarem os governos civis, há-de vir outro nome, talvez desgoverno civil?
ResponderEliminarCabia bem neste actual governo...ou desgoverno...
é só mudar os nomes, o tacho é igual...