
E este é, indubitavelmente, um óptimo começo. E se, a esta implantação sociológica, Passos Coelho conseguir juntar um vigor ideológico (representado num bom programa político) e uma capacidade para promover coesão interna, então temos Primeiro-Ministro.
Mas atenção: este triângulo evolui ainda para um quadrado. Passos Coelho tem de conseguir falar ao centro - àquele eleitorado que anda de candeias às avessas com o PSD e tem andado ali pelo PS. E é preciso não esquecer que o duelo será, muito provavelmente, com António Costa (PS) e não com Sócrates. Não esqueçamos que também o PS vai obrigatoriamente renovar-se... e se o fizer com Costa, manter-se-á um PS de centro e não de esquerda.
Este é o quadrado de Passos Coelho: implantação sociológica, vigor ideológico, coesão interna e discurso ao centro.
Entretanto, a concelhia do PSD está também determinada a criar «momento político» e a ser determinante aqui no concelho.
E lembre-se: o PSD, em Salvaterra, é mais que oposição: é alternativa!!!
Luís Melancia