A alegadamente insana rainha D. Maria I – que andaria sempre acompanhada com outras damas que a protegeriam dos possíveis disparates que pudesse cometer – terá dado origem ao famoso dito popular que descreve a pessoa sem convicções, que vai onde os outros vão, que diz o que os outros dizem, que repete de forma acrítica o que os outros fazem. Dizemos que uma pessoa assim é uma «Maria vai com as outras».
É importante que as pessoas deixem de ser «Marias»...; é importante que as pessoas se libertem da ingenuidade de acreditar e repetir o que os outros dizem e fazem. As pessoas não são papagaios – e não devem fazer tal figura. Como cidadãos, como munícipes, é vital participar politicamente, mas não por imitação. Por exemplo, apercebo-me que há pessoas que se transformam em «Marias...» quando votam: isto é, votam mais por tradição do que por convicção. Votam mais por imitação do que por reflexão.
Há que preparar uma revolução de mentalidades; é necessário aprender a fazer perguntas, a avaliar respostas, a pôr em causa actos, a julgar factos e a chegar a conclusões próprias e bem informadas; sem medo!
Num processo jurídico, interessam as provas; numa investigação científica interessam as evidências; na vida empresarial interessam os lucros; na actividade política interessam os resultados. E é este o filtro que deve ser usado cada vez que um cidadão faz escolhas políticas. Um cidadão, quando vota, deve escolher em função dos resultados e não em função do hábito.
Resultados.
Aqui, em Salvaterra, falo com muita gente descontente, desanimada, descoroçoada, que já não tem esperança na mudança. E, sem darem por isso, tornam-se «Maria vai com as outras». Quando votam, fazem-no no partido habitual, sem espírito crítico nem confiança de que é possível forjar a mudança. Mas cada cidadão tem a responsabilidade individual de tomar uma decisão política baseada na observação dos factos, dos resultados e não no hábito de apoiar e votar mais por tradição do que por convicção.
Em trinta e cinco anos de democracia, a esquerda política – PS, CDU e BE – fizeram deste um dos concelhos mais pobres, subdesenvolvidos, menos produtivos e endividados desta região. Está contente com os resultados conseguidos pela esquerda política aqui em Salvaterra, em áreas como o emprego, a educação, o urbanismo, as acessibilidades, assistência médica, a justiça social…?
(Continua)
sexta-feira, 9 de abril de 2010
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No meio de tudo isto, confirma-se que os mais inteligentes ainda são os da abstenção, esses pelo menos não querem ser chamados de "Maria vai com as outras", logo, é a esses que o PSD terá de chamar ao partido, são esses que não se revêem em nada neste Bloco do Concelho. O resto, verá com o tempo que este PSD não está agora com brincadeiras, mas sim pronto para ser alternativa.
ResponderEliminarAs alternativas têm que ser credíveis e neste momento o PPD/PSD de Salvaterra de Magos é mais do que uma alternativa é uma certeza que começa a ter cada vez mais raízes neste Concelho, por isso vamos trabalhar para que desenvolvimento passe a ser real e deixe de ser uma miragem.
ResponderEliminarJean Baptiste Poquelin Molière escreveu algo o século XVII que se aplica ao Bloqueio e às pessoas que votaram e votam:
"Não só somos responsáveis pelo que fazemos, mas também pelo que não fazemos".
Viva a Social Democracia
Estou convicto que agora é que é. Não é possível que a situação se mantenha.É já nas próximas autárquicas que a alternativa PSD será confirmada pelo eleitorado.
ResponderEliminarAs pessoas não suportam mais este marasmo. As potencialidades do nosso concelho tem que ser aproveitadas, estamos bém localizados, com boas vias de acesso. É só apostar nos parceiros certos.