No post anterior demos conta da evolução negativa que se verifica na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos no que ao prazo médio de pagamentos a fornecedores diz respeito. Vimos que o executivo se porta bem - isto é, paga a horas - no período eleitoral. Mas depois, à medida que os meses e anos vão passando, o executivo vai fazendo vista grossa e paga cada vez mais tarde, num sinal claro de falta de respeito pelas empresas e empresários com quem estabelece relações comerciais.
Agora interessa ver outro dado: o da evolução das dívidas a fornecedores entre 2008 e 2009. De acordo com a DGAL (Direcção Geral das Autarquias Locais), o município de Salvaterra continua a portar-se mal quando comparado com os dois municípios vizinhos com os quais tem de competir, Almeirim e Benavente.
Vejamos:
ALMEIRIM:
2008 - Dívida do município de Almeirim aos seus fornecedores: 1.027.388,87€
2009 - Dívida do município de Almeirim aos seus fornecedores: 729.954,36€A
A DÍVIDA A FORNECEDORES BAIXOU 297.434,51€
BENAVENTE:
2008 - Dívida do município de Benavente aos seus fornecedores: 920.716,51€
2009 - Dívida do município de Benavente aos seus fornecedores: 688.319,96€
A DÍVIDA A FORNECEDORES BAIXOU 232.397,15€
SALVATERRA DE MAGOS:
2008 - Dívida do município de Salvaterra aos seus fornecedores: 1.292.598,55€
2009 - Dívida do município de Salvaterra aos seus fornecedores: 1.955.258,87€
A DÍVIDA A FORNECEDORES SUBIU 692.660,32€
Daqui concluimos que:
1. Em 2008, o município de Salvaterra era, dos três, o que mais devia aos seus fornecedores.
2. Em 2009, o município de Salvaterra continuava a ser, dos três, o que mais devia aos seus fornecedores.
3. De 2008 para 2009, o município de Salvaterra foi o único que agravou a dívida aos seus fornecedores. Os outros baixaram!
4. Com este comportamento, o executivo em Salvaterra continua a afastar empresas e empresários (com o prejuizo que isso acarreta na criação de emprego no concelho), os quais encontram muito mais apoio e resposta em Almeirim ou Benavente. Pobres fornecedores: a Câmara paga-lhes cada vez mais tarde e deve-lhes cada vez mais!
5. O agravamento desta dívida indicia graves erros de gestão por parte de um executivo que faz o que a esquerda sabe fazer: tratar mal os empresários e ser incapaz de travar a despesa.
Ora, Salvaterra precisa de uma mudança; precisa de uma equipe de cara lavada, sem «culpas neste cartório» e que dê a cara por um novo modelo de gestão económica, política e social. O PSD é a mudança que Salvaterra nunca teve! Mas está a chegar a hora...
Contamos consigo; conte connosco!
Um abraço de esperança do
Luís Melancia
(Comece já dia 5 de Junho... e vote PSD).
Companheiros
ResponderEliminarNão poderia ler o vosso post: http://psd-salvaterra.blogspot.com/2011/05/aumenta-divida-em-salvaterra-e-diminui.html e não acrescentar alguns comentários.
Em 1º lugar referir que a saúde financeira de um Município não é só vista pelas suas dívidas a fornecedores e como algum leitor poderia ficar com a ideia que o Município de Almeirim está cheio de saúde financeira o que não é verdade.
Resultado líquido negativo ao nível dos piores do País: No dia 26 de Abril de 2010 a OTOC publicou o “Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2008” no qual são dados destaques ao melhores e piores de Portugal. O Município de Almeirim é referido por 2 vezes por maus motivos: por fazer parte dos “Municípios que não apresentam proveitos diferidos” e por ocupar o 14º lugar (17º no ano anterior) lugar na lista dos “Municípios com menores resultados económicos”, com 4,6 milhões de euros. Com o resultado de 2009 vê-se como Almeirim luta de forma árdua para tentar alcançar o 1º lugar de entre os piores de Portugal;
Défice corrente alto e recorrente: A CMA não está a resolver o seu problema estrutural com as despesas correntes. O défice estrutural é em 2010 de 528 mil euros, ou seja, o Município tem despesas correntes superiores em 528 mil euros que as receitas correntes que gera;
Endividamento bancário: As receitas com empréstimos em 2010 foram cerca de 1,2 milhões de euros e os pagamentos de empréstimos (fora juros) cerca de 0,6 milhões. Na prática pagaram-se também os empréstimos com novos empréstimos. Tal resulta também do défice corrente acima referido pois o Município tem de se endividar a 20 anos para conseguir pagar as despesas correntes que tem. É também por isso que as dívidas as fornecedores não aumentaram em 2010.
Qualquer cidadão com pouco conhecimento económico percebe facilmente que este caminho é uma trajectória descendente que inevitavelmente acabará numa situação de ruptura financeira.
Cumprimentos,
João Lopes
Grupo do PPD/PSD na Assembleia Municipal de Almeirim