quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Folgas e almofadas

A conversa (a)fiada de José Seguro acerca de folgas e almofadas é imoral. O Governo já se desdobrou em explicações acerca do facto. Não há folgas; não há almofadas. Acho que no passado todos andamos a tirar muitas folgas e a dormir em cima de almofadas oníricas irreais - uma vida folgada em cima da almofada do crédito fácil e outros sonhos tornados pesadelos.

A dívida do Estado deve-se isso às mesmas pessoas que teimam em manter a mesma atitude, e querer que se gaste acima das possibilidades. Com uma política despesista e facilitista, o PS trouxe o país à falência. Não me canso de dizer e de lembrar (porque há por aí muita gentinha que gostava que fossemos esquecidos): em seis anos, o PS duplicou a despesa pública e trouxe o país à falência.

E José Seguro está a fazer o caminho fácil e imoral - inventa 900 milhões de folga para aparecer como benemérito, como benfeitor. Provincianismo bacôco, do mais rudimentar: assim vai dizendo que os fantasiosos 900 milhões podiam fazer o Governo suprimir um subsídio em vez de dois. E, de caminho, vai dizendo que vai convencer o Primeiro Ministro a fazer essa alteração. Depois, quando não conseguir - porque o Governo já disse que não há folga - quando não conseguir, dizia, vai dizer que o Primeiro Ministro é que teve má vontade.


Estamos entregues a jovens políticos, especialistas em politiquice e políticas de manobras, de tácticas, de truques... que podem afundar um país e destruir a alma, o ânimo, a esperança de um povo. Precisam-se políticos maduros, com sentido de responsabilidade e verdadeiros homens de Estado. E de cidadãos esclarecidos, politicamente (in)formados, que sabem ver para além das aparências e ler nas entrelinhas.

1 comentário:

  1. Só posso dizer que a falta de vergonha destes senhores, me deixa estarrecido. Será que pensarão que os portugueses são todos estupidos

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